Oncologia
A Oncologia é a especialidade médica responsável pelo estudo dos cancros (tumores malignos) e da forma destas doenças se desenvolvem no organismo, procurando o seu melhor tratamento.
O tratamento das doenças oncológicas é muito individualizado, sendo importante observar as necessidades e possibilidades terapêuticas de cada paciente. O tratamento pode ter intenção curativa ou paliativa.
O mais importante é a prevenção e o diagnóstico precoce de uma lesão tumoral maligna.
São inúmeros os estudos para determinar os fatores de risco do cancro, e com promover a prevenção da doença e o diagnóstico precoce.
Cerca de 90% dos cancros estão relacionados com o ambiente e hábitos pouco saudáveis, e os restantes com causas genéticas.
Na área da prevenção do cancro há formas de evitar ou controlar comportamentos ou atividades que se sabe aumentarem o risco de vir a ter cancro e que são cumulativas entre si, e com o risco genético, aumentando o risco global de cancro. Procure informar-se sobre essas práticas.
A doença oncológica é uma patologia complexa, cujo prognóstico depende intrinsecamente da fase em que a mesma é diagnosticada. Quanto mais cedo for detetada a doença, maior a probabilidade de tratamento efetivo e cura, com menor impacto para o doente.
Como tal, cada vez mais devemos investir na deteção de lesões tumorais muito iniciais ou até pré-cancerígenas (com potencial de evolução para cancro).
Após a deteção de uma lesão suspeita ou confirmada de cancro, o encaminhamento para um especialista deve ser feito o mais rapidamente possível. Tempo é vida, na oncologia.
Portanto, pessoas com suspeita de doença oncológica por presença de sintomas persistentes como: perda de peso constante, nódulo palpável, ou portadoras de um exame com alterações suspeitas, devem ser rapidamente avaliadas por um especialista.
O cancro colorretal, da mama, da próstata e do pulmão são os tipos de cancro mais frequentes em Portugal.
Estar informado sobre os fatores de risco e sintomas do cancro – nomeadamente o da mama, do pulmão, da próstata, colorretal e gástrico – é meio caminho andado para que o seu diagnóstico seja precoce e, consequentemente, que o tratamento tenha maior probabilidade de sucesso.
Neste sentido os Rastreios Oncológicos (de base populacional ou oportunistas), são uma excelente arma, pois visam identificar a doença oncológica antes de dar sintomas, ainda numa fase inicial.
O principal objetivo é o diagnóstico precoce, permitindo assim tratamentos menos agressivos, e uma sobrevivência (livre de doença e global) mais longa, bem como uma diminuição do risco de morte por cancro.
Em Portugal estão preconizados os seguintes rastreios:
- Cancro da Mama: em mulheres dos 50-69 anos;
- Cancro Colorretal: em homens e mulheres dos 50-74 anos;
- Cancro do Colo do útero: em mulheres dos 25-64 anos.
Cada vez há mais estudos que demonstram benefício dos rastreios:
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- Cancro do Pulmão: em fumadores com média/alta carga tabágica, em homens e mulheres dos 50-77 anos;
- Cancro Gástrico: em homens e mulheres dos 50-75 anos.
A Oncologia Médica acompanha os doentes oncológicos, faz o planeamento dos tratamentos oncológicos sistémicos e o seguimento de quem os realiza, durante e após estes tratamentos:
- Quimioterapia;
- Hormonoterapia;
- Imunoterapia;
- Terapêuticas Alvo.
As doenças oncológicas são tratadas com tratamentos sistémicos e com tratamentos locais (cirurgia e radioterapia) isoladamente ou de forma complementar.
Sabia que o tabaco não aumenta apenas o risco de cancro do pulmão? Um dos maiores carcinogéneos conhecidos é o tabaco. Aumenta francamente o risco de cancro do pulmão, mas também de cancro da cabeça e pescoço (língua, garganta, glândulas salivares, etc.), esófago, bexiga, colon e reto. As pessoas com este hábito, devem estar mais alerta para estes tumores.
Saber tudo sobre os tipos de cancro mais frequentes é a melhor forma de os prevenir.
Ter o diagnóstico de um cancro é um momento muito difícil na vida de um doente. Na maioria dos casos poderá ser a doença mais relevante de toda a sua vida.
É compreensível que a escolha criteriosa da estratégia terapêutica deva ser muito bem ponderada, e acarrete dúvidas e questões ao doente.
Sabia que cerca de 5 a 10% dos casos de cancro são hereditários de pais para filhos? O primeiro passo para avaliar o risco de cancro de uma pessoa é através duma Consulta de Risco Oncológico, na qual é recolhida a história pessoal e familiar detalhada e se faz uma aferição do risco dessa família ter uma mutação. Só depois dessa consulta se deve iniciar o rastreio com testes genéticos.
Corpo Clínico

Drª. Inês Grilo – M-55224
Oncologista
Síntese Curricular:
- Licenciatura e Mestrado Integrado em Medicina – ICBAS, Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, Portugal
- 2014: Internato do Ano Comum no Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro
- 2015-2019: Internato de Formação Específica de Oncologia Médica realizado no Serviço de Hematologia do Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro ;
- Estágio com atribuição de bolsa no MD Anderson Cancer Center em Madrid, 2019.
- 2020: Oncologista na Clínica da Muralha, em Chaves
- Sociedade Portuguesa de Oncologia, SPO
- European Society of Medical Oncology, ESMO
- American Society of Clinical Oncology, ASCO
- Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos, APCP
- Autora de 5 artigos publicados em revistas indexadas
- Autora e Coautora de 26 trabalhos científicos Internacionais
- Primeira Autora de 55 trabalhos científicos Nacionais e Coautora de 45
- Participação em 47 Cursos e Formações Internacionais e 32 Nacionais
- Participação em 14 Congressos e Reuniões Científicas Internacionais e 31 Nacionais
- Co-Investigadora de 5 Ensaios Clínicos e participação em mais de 25
- 2016: Certificação Internacional em Medicina do Doente Crítico, FCCS “Fundamental Critical Care Support ” atribuída pela Society of Critial Care Medicine in California
- 2018: Pós-Graduação em Cardio-Oncologia atribuída pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
- 2019: Certificação Internacional em Oncologia Médica atribuída pela European Society Medical Oncology , ESMO
- Autora e Coautora de 9 trabalhos científicos Premiados
- Distinguida com a atribuição de 6 Bolsas científicas: 4 Internacionais e 2 Nacionais